Carlos Carreiras: “Se Gouveia e Melo for candidato, conta com o meu apoio”

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, assume que declara apoio a Henrique Gouveia e Melo caso o antigo Chefe de Estado Maior da Armada avance para a corrida a Belém. “Se for candidato, terá o meu apoio”, assumiu Carreiras ao Observador.

No Explicador das Tardes Políticas da Rádio Observador, o autarca em fim de mandato deu o passo em frente depois de já ter dito que “não excluía” apoiar Henrique Gouveia e Melo. Agora, Carreiras garantiu mesmo que apoiará o almirante caso este anuncie a candidatura, mas também avisou que “ainda é cedo” para entrar na corrida.

[Ouça aqui o Explicador das Tardes Políticas]

Carlos Carreiras: “Se Gouveia e Melo for candidato tem o meu apoio”

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Carlos Carreiras faz parte de um leque de autarcas do PSD — ou próximos — que estão inclinados a apoiar Gouveia e Melo. Também ao Observador, Ribau Esteves, de Aveiro, já admitiu apoiar o militar na reserva e Isaltino Morais, de Oeiras, disse mesmo que o PSD “devia apoiar” Gouveia e Melo.

Sobre se contribuirá para uma derrota de Luís Marques Mendes, que ao que tudo indica será o candidato apoiado pelo PSD, Carlos Carreiras rejeita e diz que “é saudável surgirem candidatos fora dos partidos políticos”.

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O autarca de Cascais assumiu também rever-se no posicionamento político de Henrique Gouveia e Melo, assumido pelo antigo Chefe de Estado Maior da Armada num artigo publicado no semanário Expresso. “A rejeição dos extremos é algo para o qual tenho alertado desde há algum tempo”, disse Carlos Carreiras sobre o facto de Gouveia e Melo se colocar “entre o socialismo e a social democracia”, espectro que diz partilhar com o almirante.

Já no que toca à interpretação da Constituição, sem se sobrepor a Gouveia e Melo, Carlos Carreiras diz que entende que o aviso sobre a dissolução do Parlamento, caso o Governo não cumpra as promessas, é um “alerta para a responsabilização” dos agentes políticos.

Henrique Gouveia e Melo marcou presença esta terça-feira num fórum promovido pela associação cívica SEDES em que participaram todos os nomes que têm sido apontados às presidenciais. Recusou estar a manter um tabu mas continua sem adiantar se será candidato, dizendo apenas que está a “exercer os direitos de cidadania que estiveram limitados durante 45 anos” de vida militar.